A venda de dois imóveis impulsionou os resultados da Indústrias Romi no quarto trimestre, permitindo à fabricante de máquinas fechar 2015 no azul, apesar de acumular prejuízos nos nove primeiros meses do ano passado, em meio à queda na demanda por bens de capital no mercado doméstico.
O lucro líquido da Romi foi de R$ 23,1 milhões no quarto trimestre, mais do que quadruplicando os R$ 5,6 milhões de igual período de 2014. Do montante, no entanto, R$ 21 milhões são provenientes da venda de imóveis — um na Itália, com impacto de R$ 9,3 milhões sobre a linha final do balanço, outro no bairro da Vila Romana, em São Paulo, com efeito de R$ 11,7 milhões sobre o resultado final do trimestre.
A receita operacional líquida foi de R$ 212,4 milhões de outubro a dezembro, alta de 13%, devido à concentração do faturamento da subsidiária alemã B+W no trimestre e ao desempenho da unidade de negócio de fundidos e usinados, com altas de receitas de 32% e 55%, respectivamente.
A unidade de fundidos e usinados foi a única a registrar avanço no volume de vendas, na comparação anual: de 22% no trimestre, para 4,1 mil toneladas, graças à retomada do segmento de energia eólica. Enquanto isso, a venda de máquinas-ferramenta despencou 82% em igual base de comparação e a entrega de máquinas para processamento de plásticos encolheu 55%.
O volume de entrada de pedidos no quarto trimestre foi 50% inferior ao observado um ano antes. A carteira de pedidos totalizava R$ 243,5 milhões em 31 de dezembro, queda de 13% na comparação anual e de 26% em relação ao terceiro trimestre.
Os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) atingiram R$ 39,9 milhões no trimestre, alta de 175%, também impulsionados pela venda de imóveis e pelo resultado da alemã B+W.
Assim, a Romi fechou 2015 com lucro líquido de R$ 7,3 milhões, pouco abaixo dos R$ 7,7 milhões de 2014. Até setembro de 2015, a companhia acumulava em nove meses prejuízo de R$ 15,8 milhões. A receita líquida somou R$ 606,6 milhões no ano passado, queda de 7%. E o Ebitda recuou 28% em 2015, para R$ 32,4 milhões.
Fonte: Portos e Navios