Ao entregar neste sábado (12/12), no EcoSesi Observatório Socioambiental, em Bonito (MS), o Selo Ambiental para as indústrias Emplal Embalagens Plásticas (Três Lagoas), Rio Prata Embalagens (Três Lagoas), Votorantim Cimentos (Corumbá), Adecoagro Angélica (Angélica) e Adecoagro Vale do Ivinhema (Ivinhema), o Senai encerra 2015 com 22 empresas já certificadas pelo PSE (Programa Senai de Ecoeficiência), que atesta e classifica a eficiência ambiental das indústrias e traz aumento do percentual de benefício fiscal.
As outras 17 empresas contempladas são Odebrecht Agroindustrial Unidade Costa Rica, Odebrecht Agroindustrial Unidade Eldorado, Copasul Fiação de Algodão, Central Energética Vicentina, Alcoolvale SA Álcool e Açúcar, Bunge Alimentos, Metalfrio Solutions, Monteverde, Santa Luzia, Energética Santa Helena, Inflex, International Paper, Vetorial, Usina Sonora, Metap Repram, Semalo e Coca-Cola.
Segundo o gerente de tecnologia e inovação do Senai, Lucas Albuquerque Lima, o Programa estimula a criação de um ambiente favorável ao desenvolvimento sustentável. “Há uma preocupação não só com a produtividade, mas com a responsabilidade ambiental. Esse é o cenário que a gente quer deixar para as próximas gerações, mas também um cenário oportuno para buscarmos melhorias nos processos e se reinventar em várias áreas”, afirmou.
Já o gerente do Senai de Campo Grande, Marcos Costa, disse que a adesão ao PSE demonstra o interesse das indústrias em desenvolverem ações de boas práticas ambientais. “O meio ambiente deve ser uma preocupação constante e o programa tem apresentado resultados positivos. Esperamos que essa parceria continue, porque nós queremos que as empresas cresçam de forma saudável e trabalhamos para viabilizar oportunidades para agregar competitividade para as indústrias”, declarou.
Empresas certificadas
De posse do Selo Verde, o gerente corporativo de qualidade da Emplal Embalagens, Marcelo Moscardini, disse que a indústria está em fase de ampliação e agora com o reconhecimento do Selo deve buscar cada vez mais melhorias e boas práticas. “Existe um ganho não só para o meio ambiente, como também um ganho de produtividade, a gente deixa de gastar onde pode ganhar e produz economizando”, falou.
Já o responsável pela unidade da Votorantim Cimentos, Jeferson Marques, destacou, ao receber o Selo Verde, que o grande desafio da indústria sempre foi o impacto da emissão de poluentes atmosféricos. “O programa do Senai ajudou no amadurecimento da gestão, porque além de estar operando bem e atender a demanda, nós conseguimos superar esse desafio ambiental. Toda a fábrica se engajou com o programa para ter bons resultados”, comentou.
Para o gerente-corporativo de meio ambiente da Adecoagro, Luis Gustavo Lopes, salientou a satisfação em ter o trabalho da indústria reconhecido com o recebido o Selo Verde para as unidades de Angélica e Ivinhema. “O Selo do Senai reconhece o esforço que a gente faz em se manter de forma sustentável. Nós temos o foco nas boas práticas”, pontuou.
Para o gerente da unidade da Rio Prata Embalagens, Pedro Porto, o programa do Senai serve para sacramentar o compromisso da indústria com o desenvolvimento social e o equilíbrio ambiental. “Esse é apenas o primeiro passo. Vamos continuar com o desenvolvimento das propostas, metas e melhorias para que no próximo ano possamos atingir o selo verde”, disse ao receber o Selo Azul.
O PSE
Os selos ambientais do Senai classificam a eficiência do sistema de gestão ambiental das indústrias, conforme as disposições do Decreto Estadual nº 13.606, de 25 de abril de 2013 e que prorrogam até 2028 os incentivos fiscais para o setor industrial sul-mato-grossense, permitindo a ampliação, em até 5%, do percentual do benefício fiscal já concedido desde que haja efetividade do plano técnico de sustentabilidade ambiental das empresas.
O PSE é desenvolvido em sete etapas: adesão, habilitação, definição de metas, implementação da metodologia do PSE, processo de auditoria, avaliação ambiental e emissão de selo ambiental. Essas sete etapas são relevantes para a compreensão de todo o processo, desde a habilitação da empresa até a emissão do selo. Porém, é prerrogativa do Programa a análise prévia do sistema de gestão ambiental existente na empresa.
Segundo a coordenadora do PSE, Liliane Candida Corrêa, o Programa avalia 31 indicadores de desempenho ambiental que abordam temas como política ambiental, treinamentos, conscientização até o controle e monitoramento do processo produtivo. “Com esses indicadores avaliamos as conformidades ou não-conformidades encontradas e classificamos as indústrias, pontuamos e definindo o selo que irão receber”, disse.
Após as etapas a empresa recebe um selo que pode ser branco, marrom, laranja, azul e verde. O Selo Verde tem conceito entre 81 a 100 pontos e concede à indústria 5% a mais de incentivo fiscal, enquanto Selo Azul tem conceito entre 61 a 80 pontos e incentivo fiscal de 4% a mais, o Selo Laranja tem conceito entre 41 e 60 pontos e 3% a mais de incentivo fiscal, o Selo Marrom tem conceito entre 21 e 40 pontos e incentivo fiscal de mais 2% e o Selo Branco tem conceito entre 1 a 20 pontos e incentivo fiscal de mais 1%. A pontuação poderá ser revista a qualquer tempo, na vigência do benefício fiscal ou na vigência do prazo estabelecido para execução do processo de auditoria, adequando-se a um novo resultado, aumentando ou diminuindo o nível do selo no limite entre 1% e 5%.
Fonte: Agora MS