Muito se fala na crise econômica que assola o país deixando milhares de desempregados e causando recessão em vários setores da economia. Porém, o setor de energia parece não ser afetado.
Os segmentos eólico e solar crescem a taxas de dois dígitos por ano e, com o potencial de expansão de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), devem criar 828 mil empregos até 2020, com investimentos bilionários.
Em tempos de crise, o Brasil teve o maior crescimento global em geração de energia eólica em 2015, colocando o país na 10ª posição no ranking mundial de capacidade instalada. Dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) mostram que, em 2015, o salto foi de 46,1%, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro encolheu 3,8%. Foram R$ 20 bilhões em investimentos e 41 mil empregos gerados.
Dos leilões de energia realizados nos últimos sete anos, o setor foi responsável por mais de 50% das contratações, atrás apenas das grandes hidrelétricas. Em 2015, dos 7 gigawatts de energia nova (GW), 39% foram de eólica.
Sabendo que o setor eólico já tem contratados quase 18,5 mil megawatts (MW) de potência até 2019, e a cada 1 MW são criados 15 empregos, daqui a 3 anos serão mais 277 mil postos de trabalho. Com a multiplicação de parques eólicos pelo Brasil a previsão é sempre positiva.