O resultado da quarta revolução industrial são mudanças na área das tecnologias e nas oportunidades que elas geram. Biotecnologias, inteligência artificial, neurotecnologias, automação, tecnologias blockchain estão redefinindo o espaço em que vivemos e trabalhamos. Eles marcam as fronteiras entre os mundos real e digital.
Isto implica uma profunda transformação social, traduzindo-se em mudanças nas regras de funcionamento do espaço empresarial e social – muda a forma como comunicamos, aprendemos, nos divertimos e nos relacionamos e como nos entendemos como pessoas. E o aumento variável da novidade das mudanças, o aumento da sua intensidade e velocidade, moldam a identidade humana e influenciam o funcionamento da sociedade, das estruturas políticas e económicas.
A revolução 4.0 cria enormes oportunidades, mas ao mesmo tempo gera ameaças potenciais. O desafio fundamental é a capacidade de se orientar nesta nova realidade, aproveitar as oportunidades e limitar as ameaças. Esse objetivo pode ser alcançado colocando as pessoas em primeiro lugar, usando os melhores elementos da natureza humana, como criatividade, empatia e confiança.
Sublinhar a necessidade de integrar a tecnologia digital, o emprego e a organização, condição para que todos possam beneficiar dos efeitos da quarta revolução. Tentam responder à questão de saber de onde virão os novos empregos, enfatizando a importância da cooperação, da criatividade e das ligações em rede, que são mais importantes do que a concorrência.
Chamam a atenção para as consequências da revolução 4.0 para o mercado de trabalho, apontando, por um lado, para ameaças sob a forma de crescentes desigualdades resultantes do aumento das desproporções entre o retorno do capital e o retorno dos recursos laborais, e por outro lado, por outro lado, às oportunidades que podem ser o aumento do número de novos empregos.
Para explorar plenamente as oportunidades da revolução 4.0, é necessário compreender que a fonte do crescimento económico não é o facto de as pessoas trabalharem mais, mas sim de forma mais inteligente. É necessário tomar ações que apoiem a implementação de inovações organizacionais que aumentem o valor do capital humano, que permitam adquirir as competências necessárias para funcionar nas condições da economia 4.0.
Hoje já podemos constatar que muitas profissões se sobrepõem e as competências de um perfil profissional tornam-se necessárias noutro. Olhando da perspectiva das hard skills, as competências técnicas e cibertécnicas são fundamentais, mas também observamos que as competências interpessoais, como a capacidade de trabalhar em grupo, o conhecimento de línguas estrangeiras e as competências de vendas relacionadas com as capacidades de comunicação, estão a tornar-se cada vez mais importante.
O desenvolvimento de conhecimentos significa que o colaborador deve possuir competências e qualificações significativamente diferentes das adquiridas no processo educativo ou ao longo do percurso profissional atual.
A Indústria 4.0 baseia-se em tecnologias modernas e no ambiente do ciberespaço, exigindo que os colaboradores tenham conhecimentos e competências que lhes permitam transitar com tranquilidade neste espaço.
As competências técnicas e os conhecimentos especializados adequados a uma determinada posição são importantes na avaliação do colaborador e necessários ao funcionamento eficiente da organização, mas não são suficientes.
A quarta revolução industrial força o desenvolvimento da chamada soft skills, que estão relacionadas à capacidade de autocontrole emocional, auto-organização, mas também de convivência com as pessoas da comunidade e ao grau de abertura a mudanças.
O desenvolvimento de soft skills cria a necessidade de mudanças no próprio psiquismo, o que significa que o colaborador deve focar na superação de seus hábitos, medos e resistências mentais no funcionamento diário da vida profissional. As competências interpessoais constituem um elemento universal do potencial de trabalho, necessário em todos os cargos e de grande importância para o desenvolvimento do indivíduo.
A quarta revolução industrial é um desafio relacionado com a capacidade de utilizar novas tecnologias de uma forma que apoie o desenvolvimento económico e social, baseado em valores comuns e investimentos em capital humano. Requer mudanças nos modelos de gestão, redução das desigualdades materiais e sociais e engajamento em lideranças baseadas nos valores das novas tecnologias. Resolução de problemas relacionados a:
- o problema do envelhecimento da população e do prolongamento da vida activa,
- funcionamento no mercado de trabalho de representantes de diferentes gerações que devem cooperar na transferência de conhecimentos e competências,
- entendendo que as forças e Juvenescência eles condicionam um ao outro.