Recrutar e reter. Os profissionais de RH têm discutido cada vez mais ações e planos para selecionar o profissional adequado para o perfil da empresa e também tentar diminuir o turnover. E na cidade de São Paulo, o trânsito tem sido um problema cada vez maior na hora de reter o profissional, impactando de forma agressiva a empregabilidade e a produtividade do profissional.
Para debater sobre o tema e apresentar possíveis caminhos, a Emprego Ligado, site de empregos operacionais, promoveu nesta terça-feira (12), encontro com profissionais de RH na BBS Business School, na Alameda Santos, em São Paulo. Mais de 50 profissionais de RH de diversas empresas com escritórios ou sede na capital paulistana participaram. E o principal ponto do debate foi a questão da mobilidade e de como o trânsito na cidade impacta a empregabilidade, deixando os profissionais cada vez mais insatisfeitos com o tempo de deslocamento da casa para o trabalho.
O evento começou com palestra de Jacob Rosenbloom, CEO da Emprego Ligado, sobre rotatividade, custos e técnicas de retenção. “A rotatividade no Brasil ainda é alta, sendo de 4 a 5 vezes maior que outros países”, explicou Rosenbloom. Ainda segundo o especialista, 70 milhões de brasileiros integram o nível operacional da pirâmide de empregos, compondo 70% da força de trabalho.
Sobre a questão da retenção, a empresa realizou pesquisa com sua base de cadastro. De acordo com o levantamento, 43,3% das pessoas saem das empresas por não visualizarem um plano de carreira. Já 36,7% deixam o cargo em função da distância da casa ao trabalho. Já em relação à rotina do profissional de RH, segundo dados da empresa, 20% do tempo do profissional de RH é ocupado com a seleção e recrutamento de profissionais.
Após a apresentação, Deli Matsuo, VP do Grupo RBS e ex-head de RH do Google, conversou com os profissionais de RH presentes sobre retenção e recrutamento. “O tema do RH nos próximos 10 anos será produtividade. Como você encontra as pessoas mais facilmente?”, detalhou Matsuo. Ainda segundo o VP, a retenção não existirá se o recrutamento não for feito corretamente. “Retenção é recrutamento. Quanto menos critério você tem, maior o turnover”.
Para Matsuo, é preciso pesquisar e usar a computação para cruzar dados e descobrir qual o melhor profissional para aquela vaga. “Empregado e empresa precisam de compatibilidade. No recrutamento, você precisa encontrar o perfil que mais precisa. Quanto mais preciso for o processo, menor será o trabalho para reter”, intensificou o especialista.
Fonte: Canal Executivo – Josefina do Nascimento Pinto