Capaz de ser equilibrado em um dente-de-leão sem causar qualquer dano.
Essa era uma das atribuições descritas para o “microlattice” (microestrutura), quando a companhia de desenvolvimento de aeronaves americana Boeing anunciou que cientistas haviam criado o metal mais leve do mundo para a produção de seus aviões, em 2011.
O material, que segundo o site Science Alert é 100 vezes mais leve que isopor, é baseado no conceito dos ossos humanos, que não são fáceis de quebrar por serem rígidos na parte externa, mas por dentro são porosos, com uma estrutura de células abertas. Isso os torna leves para que nós possamos carregá-los, e da mesma forma isso acontece com o microlattice.
A criação é feita 99,99% de ar, em uma estrutura 3D de polímero de células abertas. A rede de metal interligada que forma o microlattice é constituída de tubos metálicos ocos, que no caso do protótipo são feitos de níquel. Cada um desses tubos possui espessura de apenas 100 nanometros, ou seja, são cerca de mil vezes menor que um fio de cabelo humano. Além de leve, o material possui um alto nível de compressão, que o permite a absorção de grande quantidade de energia.
O metal, em breve, deve começar a ser testado para a utilização na confecção das aeronaves da Boeing, contribuindo para a criação de veículos mais leves e, consequentemente, mais econômicos do ponto de vista do consumo de combustível. Como o laboratório HRL, responsável pelo desenvolvimento do produto, também trabalha com a General Motors, é possível que o material apareça também em veículos automotivos dentro dos próximos anos.
Agora, quatro anos depois, a Boeing publicou um vídeo em seu canal do YouTube, no qual apresenta o microlattice e explica o conceito, bem como algumas de suas possíveis utilizações. Você pode conferir a gravação no topo da matéria e caso não entenda inglês, ative as legendas em português no menu de configurações da postagem.
FONTE(S) Science Alert/Fiona Macdonald YouTube/Boeing Terra