Não, essa definição não se encontra em dicionários ou no Wikipédia. Eu a ouvi há alguns anos de um grande Coach que tive oportunidade de conhecer e foi de fundamental importância para meu desenvolvimento como gestor, pois está relacionada com um ponto de entendimento mandatório para qualquer indivíduo que exerça a gestão como ofício: a inteligência emocional.
O gestor de pessoas tem seu controle emocional constantemente testado em suas atividades diárias. Estes “testes” se manifestam das mais variadas formas: brigas de ego entre pares tentando ter razão em detrimento da solução de problemas, contestação de sua liderança, interferências indesejadas de outras áreas, dentre outros.
Essas situações potencialmente podem levá-lo a se desviar da sua busca pelo atingimento de seus objetivos e entrar em discussões de forma emotiva e pouco consciente. E é aí que reside o perigo da perda de objetividade. Atitudes e decisões tomadas sob a égide de uma avalanche emocional são em geral pouco construtivas ou mesmo destrutivas, criando uma imagem negativa da sua gestão.
Para aumentar sua capacidade de manter sua objetividade, deve-se exercitar o domínio das cinco competências básicas da inteligência emocional (conforme teoria de Daniel Goleman):
1. Autoconhecimento: reconhecer suas emoções (alegria, tristeza, raiva, medo e aversão) e seus efeitos, conhecer suas forças e fraquezas e ter um forte senso de suas habilidades e valor próprio.
2. Autocontrole: gerenciar seu humor através do controle de emoções disruptivas e impulsos, canalizando seus sentimentos e recursos para aprimorar sua performance e produtividade.
3. Automotivação: saber como utilizar suas emoções para impulsionar-se na direção dos seus objetivos e perseverar, apesar de obstáculos que venham aparecer.
4. Empatia: sua habilidade de se colocar no lugar do outro, verificando seus sentimentos e sua perspectiva sobre um tema. Ler e entender a dinâmica das relações interpessoais, antecipando e entendendo as necessidades do outro.
5. Habilidades Sociais: sua aptidão e induzir respostas desejáveis em outras pessoas através da comunicação, colaboração, influência e construção de relacionamentos.
Ao exercitar o domínio destas competências, você reduz a probabilidade de seu inconsciente tomar de assalto sua razão. Desta forma, suas decisões e ações são mais claras e objetivas.
Além disso, este domínio torna claro e evidente para você o momento em que outros perdem o controle emocional, aumentando assim sua capacidade de liderança de situações de negociação e gestão de crise.
Invista tempo no aumento da sua objetividade!
Analise suas atitudes após situações importantes, tais como reuniões, apresentações e discussões. A partir de então, busque antecipar e calcular suas atitudes nas próximas ocasiões similares.
Não seja o indivíduo que entra em uma discussão acalorada sobre quem está certo e sim aquele que converge as expectativas de todos para um objetivo em comum. Seja o timoneiro do seu próprio barco.