O ano praticamente acabou. O que significa para você? Certamente, bem merecidas férias, praias, festas de fim de ano, muitas reuniões de “amigo secreto” ou “amigo oculto”, encontros com amigos e parentes.
É uma época de atividades até incomuns para aqueles que vivem o atribulado dia-a-dia das empresas.
Mas você sabe que logo no início de Janeiro, em seguida aos reencontros com os colegas no trabalho e algumas trocas de comentários sobre as férias, voltamos todos às atividades normais, tendo pela frente aquele “restinho de ano” de uns 11 meses.
Apesar das divisões de orçamentos, mudança de etapa de planejamento e um novo calendário na nossa frente, o dia-a-dia permanece mais ou menos igual. Entre o dia 31 de Dezembro e 1o. de Janeiro, pouca diferença pode ser observada no mundo. Muitas vezes é só o nosso espírito que sente o final gratificante do ano que se vai e renova esperanças para o ano que se inicia.
Você não gostaria que o Novo Ano fosse verdadeiramente diferente, mais gratificante profissionalmente e pessoalmente?
O que pode ser mudado para que a sua realização seja mais significativa? Talvez um planejamento pessoal mais consistente? Um conjunto de resoluções que resista mais do que os primeiros três dias do ano?
Como acontece sempre que planejamos, se fizermos uma reflexão e planejarmos o novo ano, muito provavelmente cometeremos os mesmos erros de sempre. A começar por um planejamento sempre muito ambiciosa, com muitas resoluções importantes e pouca possibilidade de execução. Frustrante? Como nas maioria das vezes que planejamos, sim!
Mas podemos fazer melhor, não?
Há muitos anos, estabeleci uma forma de fazer uma reflexão mais estruturada do ano que se findava. Tomei um “Radar Chart”(aquele com 4 ou 5 círculos concêntricos divididos por 4 linhas diametrais, como uma pizza grande) e anotei em cada ponta das linhas as 8 competências ou habilidades que achava importantes.
Para cada uma destas habilidades, procurei identificar um colega que fosse o melhor nessa habilidade e marquei a sua nota no gráfico. Notas mais altas na periferia e mais baixas no centro dos círculos. Depois comparei-me com cada um destes melhores e marquei onde eu estava. Ví onde estava mais distante da referência e tomei apenas duas delas como “objetivos de recuperação”. Tomei as duas mais próximas da referência e tomei-as como “objetivos de aprimoramento”.
Pronto, aí estavam minhas 4 prioridades para o ano (que não são poucas se você quiser mesmo trabalhá-las). Usei isso durante vários anos como meu planejamento de desenvolvimento profissional e pessoal. Simplista? Sim, mas lembre-se de que a atividade mais importante é o “head work”. É no pensar e avaliar honestamente que está o valor deste exercício. No final do ano seguinte, avaliava a evolução, renovava as referências e traçava o novo plano.
Tome pelo menos um dia para dedicar-se ao exercício, lembrando-se dos fatos, sem perturbações e distante do trabalho, pensando no futuro. Procure imaginar o seu estágio na vida, o tempo disponível, recursos à disposição e escreva um simples “script” para cada uma das 4 metas de forma simples.
Dizem que a realidade começa quando colocamos nossos sonhos no papel. Há muitos anos atrás, criei um cartão de Natal que era um cartão em branco. Um convite para “dar o primeiro passo para a realização do sonho… colocá-lo no papel”.
Talvez seja interessante para você tentar algo assim? A sensação é realmente de que aproximamo-nos um pouco da concretização do sonho. Parece que o sonho toma forma.
Mude o seu próximo ano. Faça um plano simples, represente o seu sonho no papel e comece a concretizá-lo.
Um bom Natal a todos e que 2012 seja o início da realização do seu sonho.
YK,